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26 de Abril de 2024
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    TV ALMS exibe programa especial sobre violência sexual contra crianças e adolescentes

    No mês em que foi sancionada a lei 5.308, que cria o Cadastro Estadual de Pedófilos em Mato Grosso do Sul, de autoria do deputado Coronel David (PSC), a TV ALMS e a TV Educativa de Mato Grosso do Sul (TVE/MS) exibem o programa TV Aberta a respeito da violência sexual praticada contra crianças e adolescentes. Esse tipo de crime acontece frequentemente e, na maioria das vezes, é praticado por pessoas ligadas às vítimas, como pais, padrastos, primos e amigos das famílias.

    O programa é uma produção especial da TV ALMS e será levado ao ar também na TVE, em uma parceria para divulgação de conteúdo entre as duas emissoras. O TV Aberta será exibido na próxima terça-feira, (22/8), às 19h30 na TVE (canal 4 analógico e canal 15 da Net), e às 20h20 na TV ALMS (canal 9 Net).

    Dados do Disque 100 (Direitos Humanos) apontam que no Brasil os crimes sexuais correspondiam, em 2015, à quarta violação mais recorrente contra crianças e adolescentes. Geralmente praticados por pessoas consideradas acima de quaisquer suspeitas, abusos e violências sexuais apresentam similaridade na forma de abordagem dos abusadores.

    Em Mato Grosso do Sul, segundo o Disque 100, foram registradas 3.382 mil denúncias envolvendo crianças e adolescentes em 2015. Dessas, 379 diziam respeito à violência sexual.

    Conforme informações da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (DEPCA), a maioria dos agressores convive com as vítimas. “São parentes e até amigos das famílias das crianças e adolescentes abusados”, explica o delegado Paulo Sérgio Lauretto, um dos entrevistados na reportagem especial do TV Aberta.

    A psicóloga Lilian Regiona Zeola, da Vara da Infância e Juventude em Campo Grande, também foi entrevistada pela equipe da TV ALMS e conta que mudança de comportamento e até perguntas que não costumam ser feitas por crianças e adolescentes aos pais são indícios que podem apontar para o crime de violência sexual. “É preciso que pais e responsáveis estejam em alerta para pequenas coisas, como desenhos feitos pelos filhos e brincadeiras sexualizadas demais”, frisa a psicóloga.

    Muitas vezes, crianças e adolescentes abusados sexualmente tendem a se sentir culpados devido às intimidações dos agressores. “Os abusadores fazem com que as crianças se sintam responsabilizadas e escondam dos pais a situação”, adverte Lauretto.

    De acordo com Marcelo Ivo de Oliveira, juiz da 7ª Vara Criminal de Campo Grande (que julga casos envolvendo crimes praticados contra crianças e adolescentes), o crime de estupro contra crianças e adolescentes pode ser desde a passada de mão até um sexo oral, que não deixa marcas.

    Segundo o juiz, 743 processos foram recebidos pela Vara em 2016, sendo ouvidas 355 crianças. Dessas, 14% alegaram terem sido abusadas por padrastos, 12% pelos pais e 74% por pessoas do convívio familiar. Ainda no ano passado, 70 réus foram condenados na Vara.

    Apoio – Daniela de Cássia Duarte, presidente da Associação Mãe Águia, que presta atendimento psicossocial às crianças e adolescentes vítimas de violência sexual e suas famílias, explica que o apoio visa o fortalecimento das vítimas. “É preciso que elas fortaleçam, inclusive, seus vínculos, garantindo assim novas referências. Isso faz com que as crianças e adolescentes encontrem motivação”, falou.

    O psicólogo Angelo Motti, idealizador do programa Sentinela, implantado em 2001 no governo Fernando Henrique Cardoso, participa da reportagem especial do TV Aberta e conta que nesse contexto deveriam ser realizadas mais iniciativas no sentido de garantir a prevenção das vítimas. O Sentinela, criado no âmbito da Secretaria de Assistência Social, ligada ao Ministério da Previdência e Assistência Social, implantou ações de combate ao enfrentamento e violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil.

    Produção – O TV Aberta sobre violência sexual praticada contra crianças e adolescentes foi produzido pelos jornalistas João Humberto e Marithê Cogo, tem reportagens de Ana Paula Gimenes e Karine Cortez, apresentação de Ana Paula Gimenes, roteiro de Marineiva Rodrigues e edição de Kleber Nogueira, sob direção de Lígia Sabka. Horários alternativos de exibição podem ser conferidos na grade de programação da TV ALMS, no site oficial da Casa de Leis.

    Agência ALMS

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